Páginas

Reunião Mensal da Pastoral litúrgica Julho/Agosto

Reunião Mensal da Pastoral litúrgica Julho/Agosto

Acolhida:
Acolher com alegria todos os que estão chegando. Entregar as folhas de canto e o roteiro da oração.

Ambiente:
Preparar um lugar para colocar a Palavra de Deus, e fazer com tecido diversos caminhos que terminam na Palavra de Deus. Nos caminhos colocar algumas pegadas formando em cada caminho os termos: vocação presbiteral, vocação matrimonial, vocação religiosa,  vocação leiga.



1. Oração Inicial
Mantra:
“Preenche meu ser (2x), Espírito unge meu ser. Em ondas de amor, oh vem sobre mim, Espírito unge meu ser.”

Invocação ao Espírito Santo
Ouvir: http://liturgiadashoras.org/musica/MKolling/vemespirito.mp3

Oh vinde, Espírito Criador,
as nossas almas visitai
e enchei os nossos corações
com vossos dons celestiais.

Vós sois chamado o Intercessor,
do Deus excelso o dom sem par,
a fonte viva, o fogo, o amor,
a unção divina e salutar.

Sois doador dos sete dons,
e sois poder na mão do Pai,
por ele prometido a nós,
por nós seus feitos proclamais.

A nossa mente iluminai,
os corações enchei de amor,
nossa fraqueza encorajai,
qual força eterna e protetor.

Nosso inimigo repeli,
e concedei-nos vossa paz;
se pela graça nos guiais,
o mal deixamos para trás.

Ao Pai e ao Filho Salvador
por vós possamos conhecer.
Que procedeis do seu amor
fazei-nos sempre firmes crer.



Recordação da vida
(Recordar em especial os acontecimentos da vida litúrgica da Igreja em geral e da comunidade local. Recordar as motivações que teremos para celebrar no mês de agosto)

Cantar: recordações, lembranças da vida, sofrida e querida na festa e na dor, recebe nas mãos a recordação dos filhos e filhas amados, Senhor.

Mantra/Aclamação

“Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor. Lâmpada para os meus pés, Senhor e Luz para o meu caminho.”

Leitura do Texto bíblico: Lucas 4, 14-21.
14 Jesus voltou para a Galiléia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. 15 Ele ensinava nas sinagogas, e todos o elogiavam. 16 Jesus foi à cidade de Nazaré, onde se havia criado. Conforme seu costume, no sábado entrou na sinagoga, e levantou-se para fazer a leitura. 17 Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus encontrou a passagem onde está escrito: 18 «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, 19 e para proclamar um ano de graça do Senhor.» 20 Em seguida Jesus fechou o livro, o entregou na mão do ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21 Então Jesus começou a dizer-lhes: «Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura, que vocês acabam de ouvir.»


Preces:
Fazer um momento de preces espontâneas, depois de cada um pode-se cantar:
“A igreja vos pede oh Pai, Senhor nossa prece escutai.”

Encerra-se o momento das preces rezando o Pai Nosso


Vivência:
(Prepara-se uma vasilha com óleo, um tecido vermelho que possa ser usado como véu umeral, e um pouco de perfume em outro recipiente)

A) Quem vai conduzir o recorte do rito, explica que vai ser vivenciado o momento da benção e consagração do óleo do crisma. Lêem-se os textos das orações de benção e combina-se os gestos que serão feitos da mistura do perfume, o sopro sobre o óleo e a imposição das mãos.

B) Canta-se um trecho da música da benção dos óleos enquanto entram duas pessoas, uma com o véu umeral e a vasilha contendo o óleo e outra com o perfume. Canta-se o refrão, a primeira estrofe e novamente o refrão. Neste momento interrompe-se e quem leva canta (eis o óleo do crisma. Todos: demos graças a Deus). Continua-se com a segunda estrofe e o refrão.

C) Segue-se o recorte do rito

Acolhei, ó Redentor, nossos hinos de louvor!
1. O óleo a ser consagrado, desceu do trono fecundo, por nós vai ser ofertado, a quem salvou este mundo.
Acolhei, ó Redentor, nossos hinos de louvor!

Solo: Eis o óleo do Crisma!
Todos: Demos graças a Deus.

2. Quem na fraqueza se abisma, seja em vigor restaurado; graças à unção desse Crisma, que o faz de Cristo soldado.
R. Acolhei, ó Redentor, nossos hinos de louvor!


            Oração de benção:
Quem preside toma o perfume e mistura um pouco com o óleo e diz:

Senhor nosso Deus, fortaleza e proteção do vosso povo, que fizestes do óleo o sinal do vigor, dignai-Vos abençoar este óleo; concedei a fortaleza aos que serão com ele ungidos, a fim de que, recebendo a sabedoria e a força do alto, compreendam melhor o Evangelho de vosso Filho, defrontem com grandeza de ânimo os trabalhos da vida cristã, e, tornados dignos da adoção de filhos, se alegrem com a graça de renascer e viver na vossa Igreja Santa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. R. Amém.

(Em seguida, convida todos à oração:)

Oremos, irmãos caríssimos, a Deus Pai todo-poderoso, para que abençoe e santifique este óleo; e os que forem ungidos com ele em seu corpo, sejam também ungidos em sua alma e se tornem dignos da redenção divina.

(Quem preside sopra sobre o óleo. Depois, de braços abertos, diz a oração de consagração:)

Senhor nosso Deus, autor dos sacramentos e fonte da vida, nós Vos damos graças pela vossa inefável piedade, porque, já na Antiga Aliança, nos fizestes entrever o mistério do óleo santificador, e depois, quando chegou a plenitude dos tempos, claramente o manifestastes em vosso amado Filho.
Quando Jesus Cristo, nosso Senhor, pelo seu mistério pascal salvou o gênero humano, encheu do Espírito Santo a vossa Igreja e maravilhosamente a cumulou de dons celestes para consumar no mundo, por meio dela, a obra da salvação.
Pelo sagrado mistério do crisma, enriqueceis de graças os vossos filhos; renascidos pela água batismal, são fortalecidos pela unção do Espírito, e, configurados com o vosso Cristo, nosso Senhor, participam do seu múnus de profeta, sacerdote e rei.

(Todos são convidados a estender a mão direita para o óleo, até ao fim da oração, sem dizerem nada.)

Por isso, nós Vos pedimos, Senhor: esta mistura de óleo e perfume seja, por vossa graça, sacramento da vossa bênção; derramai com abundância os dons do Espírito Santo sobre os nossos irmãos, assinalados com esta unção; marcai com o esplendor da santidade os lugares e objectos ungidos com os santos óleos e acima de tudo fazei crescer a vossa Igreja pelo mistério deste óleo, até que ela atinja aquela plenitude em que Vós, no esplendor da luz eterna, sereis tudo para todos, com Cristo, no Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. R. Amém.

D) Partilha sobre a Vivência

Dar um tempo para que cada um se manifeste sobre a experiência do recorte do rito de benção e consagração do óleo do crisma.



2. Estudo de temas
Se o grupo for grande pode-se dividir em quatro grupos, se for menor escolham, pelo menos, dois temas de estudo. (veja os temas em anexo abaixo)
Cada grupo vai ler o texto e responder às perguntas:
1. Quais as idéias mais importantes do texto?
2. O que o texto tem há ver com nossa realidade concreta?
3. O que podemos fazer para relacionar as idéias dos textos com vivência da liturgia nas celebrações deste mês?

Faz-se uma apresentação de cada grupo para os outros grupos. Escolhem-se as sugestões que possam ser assumidas pela Pastoral Litúrgica como um todo.

3. Encaminhamentos práticos da Pastoral Litúrgica
Ver as questões a serem encaminhadas sobre formação, reuniões e organização das equipes de celebração, etc...



4. Oração Final

Envio
Cada pessoa vai fazer o gesto com a outra. Pega a vasilha com o óleo e diz: “O Senhor te escolheu, chamou, ungiu e consagrou!”. No momento em que diz ungiu, faz-se uma unção com óleo perfumado na fronte da pessoa.

Enquanto isso canta-se
1 Ó Senhor, tu me ungiste na fronte  com o óleo que cura a ferida Pra eu ir a qualquer horizonte, suavizando essas dores da vida
Mas pra dar tua paz noite e dia, e estar sempre a serviço do irmão, eu preciso da tua energia, eu preciso, Jesus, deste pão.
2 Bem na fronte senhor Deus me ungiste com o óleo da santa alegria e eu serei o consolo da triste e quem chora farei que sorria
3 Bem na fronte me ungiste, Senhor com o óleo capaz de ser luz Doravante, como ungido, onde eu for eu irei irradiar a Jesus
4 Que eu entenda o sentido profundo desta unção que me deram na igreja como Cristo eu irei pelo mundo pra que Deus seja amado: assim seja!


Oração de benção
Terminado o a unção e o canto, quem preside reza a oração de benção:
O Senhor te abençoe e te guarde. O Senhor faça brilhar sobre ti sua face, e se compadeça de ti. O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz!

Despedida e abraço da Paz
Todos se cumprimentam trocando as velas e dizendo algo parecido com:
“Que o Senhor te ilumine e te de a Paz!”



Textos para o Estudo
(Do site cnbb.org.br)

1. O chamado de Deus
DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
ARCEBISPO DE BELÉM DO PARÁ (PA)
A Igreja presta um serviço às novas gerações quando lhes possibilita, através da vida das Comunidades Cristãs, a resposta aos apelos de Deus, que continuamente convoca a seu serviço e ao serviço dos irmãos. Viver dignamente é identificar o chamado que Deus faz na vida de todos os homens e mulheres, edificando a existência num diálogo continuo com o Senhor, superando o individualismo tão frequente na busca de carreiras e posições na sociedade. No início de um novo ano, vale a pena abrir as perspectivas de vida à nossa juventude, para que a generosidade inscrita em seu coração pelo próprio Deus venha a desabrochar plenamente.
Deus tem a ver conosco. Sua presença em nossa vida não pode ser entendida apenas como aquele que dá o "chute inicial" numa partida esportiva e depois abandona os que dela participam. Trata-se de um maravilhoso mistério o modo como Deus cuida de nós, respeitando profundamente a liberdade com a qual fomos criados e permanecendo, ao mesmo tempo, senhor da história do mundo e de nossa história pessoal. Nossa existência nesta terra é um presente do Criador, uma tarefa a ser desempenhada com dedicação, para ser entregue de coração alegre, quando formos chamados para junto dele. Ali, teremos a alegria de prestar contas da maravilhosa aventura da vida nesta terra, destinada a glorificar o próprio Deus e fazer o bem ao próximo. Esta é, desde já, a nossa realização. Fomos feitos como obra prima e destinados à felicidade nesta terra e na eternidade, já que ninguém foi feito para a perdição!
Para realizar seu plano de amor e conservar o dom da liberdade que nos foi prodigalizado, Deus oferece sinais de seu chamado. O jovem Samuel (Cf. 1 Sm 3, 3-19) passou pelo processo de discernimento que o conduziu a identificar a voz de Deus, no meio de tantos outros apelos, por três, quatro ou milhares de vezes. Quando a Escritura se refere à voz do Senhor que pronuncia o nome do jovem Samuel, não significa necessariamente que serão extraordinárias as intervenções divinas na vida das pessoas. Um sinal de Deus para Samuel foi a sabedoria do sacerdote Eli que, mesmo enfraquecido pelo peso dos anos, indicou-lhe a resposta adequada frente ao chamado de Deus. É o serviço do conselheiro amadurecido, tão necessário às novas gerações. Outra fonte é a Palavra de Deus, lida, acolhida e praticada, com a qual se estabelece um relacionamento fecundo com Deus. Esta fortalecerá o clima de escuta da voz de Deus. Ela é um inigualável sinal do Senhor para todos os tempos, inclusive o nosso, a fim que nossos adolescentes e jovens não deixem cair por terra nenhum de seus apelos.
Só que Deus não impõe, mas propõe! O Senhor não força quem quer que seja a segui-lo! É uma pena que uma pessoa passe toda a sua existência sem desfrutar a beleza de transformá-la num diálogo fecundo com quem a pensou como obra prima. Efetivamente o Criador, assim "se arriscou", fazendo o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, inteligência e liberdade. A história da humanidade mostra o quanto este drama pode ser terrível e ao mesmo tempo maravilhoso. Em situação normal, chega para todos a hora das decisões. Muitos dos que são hoje adultos sabem identificar, no escrínio de sua consciência, o quando lhes custou e alegrou fazer as escolhas que definiram a família que formaram, ou para outros, o sacerdócio, a vida religiosa, a opção de estudo e profissão, o serviço à comunidade. É a linda aventura da liberdade. Só que as famílias precisam reaprender, no processo educativo dos filhos, a incluir no menu de tarefas a executar na vida a pergunta fundamental que remete ao diálogo com Deus, o que acontecerá na medida em que se respirar em nossas casas um ambiente de oração e de escuta.
Há ainda outro serviço a ser oferecido pelas gerações mais maduras, a saber, a proposta aos jovens de grandes ideais, para que seja superado o terra a terra do quotidiano feito apenas de necessidades primárias, ainda que estas sejam hoje entendidas como os sonhos de consumo que habitam os corações das pessoas. Falta maior radicalidade, visão de futuro, senso do bem comum, enfim, idealismo e admiração por figuras emblemáticas de todos os tempos e de nossos dias.
O jovem Samuel da Bíblia, os discípulos de João Batista que vieram a seguir Jesus, André e João, ou Simão, que veio a se chamar Pedro, quem sabe seu nome seja Filipe ou Natanael, vieram a estar com o Senhor e com ele permaneceram. Sintam-se reconhecidas e valorizadas aqui todas as pessoas de nomes e idades diferentes que já experimentam permanecer com o Senhor durante minutos, horas ou dias, para descobrir que o sentido da vida plena se encontra na comunhão com ele.
De propósito, desejo ainda provocar as gerações adultas que podem ter se esquecido do primeiro amor da descoberta de Jesus Cristo, ou gente que se habituou demais com as coisas de Deus. Limpe-se a poeira ou a ferrugem do tempo, das manias e dos pecados. Comecem uma nova etapa, nestes primeiros dias do ano, quem sabe com uma boa e frutuosa confissão, com a qual se renovem na graça. Não se esqueçam que a chama acesa por Deus em seus corações não é feita para ficar guardada, mas passada adiante. Vejam os jovens nestas gerações mais maduras a beleza dos grandes ideais, dignos da vida da graça que Deus plantou em nossos corações.
Esta é a proposta de uma visão da vida humana e cristã com chave vocacional, na qual a Igreja deseja comprometer a todos. Nas Paróquias e Comunidades, é tempo de oferecer às crianças, adolescentes e jovens as oportunidades de discernimento do chamado de Deus. Se este não existisse, o Senhor teria abandonado seu povo, o que não é verdade. Deus chama sempre, mesmo quando nos parece que sejam raros os seus apelos (Cf. 1 Sm 3, 1). Não falta a voz do Senhor, ainda que possam faltar ouvidos e corações abertos. Como o otimismo da fé nos conduz, cada pessoa adulta, cristão ou cristã que tenha feito uma sincera e consistente experiência do amor de Deus, descubra-se convocado a chamar, em nome do Senhor e da Igreja, as novas gerações para o serviço do anúncio do Evangelho, nas várias vocações e estados de vida.
Enfim, as Comunidades paroquiais se transformem em casas com portas abertas, para dizerem a todos, com sua organização, liturgia e vivência do Evangelho, "Vinde ver" (Cf. Jo 1, 39) a todos os que indagarem pela morada do Senhor! E rezemos: "Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, faze ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: 'Vem e segue-me'. Derrama sobre nós o teu Espírito. Que ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz. Senhor, que a Messe não se perca por falta de Operários. Desperta nossas comunidades para a Missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino na vida consagrada e religiosa. Senhor, que o Rebanho não pereça por falta de Pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres e ministros. Dá perseverança a nossos seminaristas. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja. Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, chama-nos para o serviço de teu povo. Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder Sim. Amém" (Cf. Oração do Ano Vocacional).



2. Agosto, Mês Vocacional
Dom Urbano Allgayer
Bispo emérito de Passo Fundo (RS)
Na liturgia, agosto é o mês vocacional. Convém abordar três vocações específicas da vida da Igreja, em que celebramos as festas do Santo Cura d’Ars, de Santa Ana e São Joaquim, pais da Santa Virgem Maria, da Transfiguração do Senhor, da Assunção de Nossa Senhora ao céu.
A vocação matrimonial é básica. O matrimônio santifica o casamento entre homem e mulher, co-criadores, com Deus, da espécie humana. É o sacramento constitutivo da família, célula-mãe da sociedade, igreja doméstica, centro de comunhão e participação entre o povo de Deus. Institui-se no Brasil a Semana da Família, celebrada entre o 2º e o 3º domingo de agosto. Vida, dignidade e esperança devem caracterizar esta Semana, na qual oramos para que, em todos os lares, pais, filhos, avós, se amem, se respeitem, crescendo na fé e na vida em comunidade.
A vocação religiosa constitui um estado de vida em que mulheres e homens se consagram a Deus e à Igreja pelos votos de pobreza, obediência e castidade. A vida religiosa manifesta na Igreja o maravilhoso matrimônio estabelecido por Deus, sinal do mundo vindouro (Cânon 607).
O testemunho público de Cristo e da Igreja, a ser dado pelos religiosos, implica em presença especial no mundo, que é próprio da índole e finalidade de cada instituto. Os Institutos Religiosos ou Seculares devem ser fortalecidos, como forças de vanguarda na evangelização da Igreja.
A vocação sacerdotal é vivida por diáconos, presbíteros e bispos, membros do clero da Igreja. É importante rezar e trabalhar pelas vocações sacerdotais. Sem o clero a Igreja não funcionaria, deixaria até de existir, o que é impensável, pois Cristo deu à Igreja a sua palavra, a garantia de perpetuidade. “A minha palavra jamais passará”. A Igreja necessita de boas e numerosas vocações sacerdotais e religiosas, que têm sua origem em Deus e em vocações matrimoniais imbuídas de espírito profundamente cristão. Agosto é também o mês das vocações para os ministérios e serviços da comunidade, como catequistas e ministros (as) da comunhão eucarística, etc.


3. Vocacionados para a liberdade!
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)

O mês de agosto é destinado no Brasil para um reavivamento vocacional e uma sensibilização das diversas vocações que edificam a comunidade eclesial. É necessário descobrir a luz do lema da CF. 2014, que toda vocação cristã constitui um chamado para a liberdade e para tornar-se no mundo um sinal vivo da libertação integral do Reino que Jesus veio instaurar entre nós. Por isso a vocação leva sempre a plenitude o ser humano, colocando-o na trilha das bem-aventuranças, o caminho da verdadeira felicidade.
Num mundo guiado pelo pensamento único, que abriu mão das grandes causa sou das narrativas maiores, ser vocacionado é revelar o sentido da vida, tornar-se portador da pérola de infinito valor da graça divina.Ser vocacionado é romper com as amarras e fronteiras que limitam e não raro desviam a pessoa humana da trascendência e da comunhão com o Deus vivo.
Acertar na vocação é de veras a questão crucial e essencial da nossa vida, pois ilumina o projeto da existência dando um dimensionamento de eternidade a escolha realizada como um dom de Deus. Tudo isto reclama uma animação vocacional dinâmica e interpeladora e uma cultura vocacional onde o vocacionado possa fazer experiência do Deus de Jesus Cristo e aprender a segui-lo com todas as exigências e alegrias da amizade e intimidade com o Salvador. Todavia a vocação deve ser testada e passar pelo crivo da Igreja e pela inserção na realidade pastoral das multidões de irmãos pobres e desamparados que olham buscando compaixão e misericórdia pela parte dos cristãos. Vocação que faz gerar sempre a cultura do encontro e da solidariedade, renunciando ao egoísmo ou a emoções religiosas facilitadoras do que o Papa Francisco chama de "mundanismo espiritual".

Que nossas comunidades eclesiais possam renovar-se na vivência e comprometimento de serem e levarem a vocação sempre num patamar de doação, entrega e autenticidade seguindo a Cristo, o Bom Pastor que nos convoca para a liberdade plena. Deus seja louvado!