Acolhida:
Acolher com alegria todos os que
estão chegando. Entregar as folhas de canto e o roteiro da oração.
Ambiente:
Preparar um lugar para colocar a
Palavra de Deus, e fazer com tecido diversos caminhos que terminam na Palavra
de Deus. Nos caminhos colocar algumas pegadas formando em cada caminho os
termos: vocação presbiteral, vocação matrimonial, vocação religiosa, vocação leiga.
1. Oração Inicial
Mantra:
“Preenche meu ser (2x), Espírito unge meu ser. Em ondas de amor, oh vem
sobre mim, Espírito unge meu ser.”
Invocação ao Espírito Santo
Ouvir: http://liturgiadashoras.org/musica/MKolling/vemespirito.mp3
Oh vinde, Espírito Criador,
as nossas almas visitai
e enchei os nossos corações
com vossos dons celestiais.
Vós sois chamado o Intercessor,
do Deus excelso o dom sem par,
a fonte viva, o fogo, o amor,
a unção divina e salutar.
Sois doador dos sete dons,
e sois poder na mão do Pai,
por ele prometido a nós,
por nós seus feitos proclamais.
A nossa mente iluminai,
os corações enchei de amor,
nossa fraqueza encorajai,
qual força eterna e protetor.
Nosso inimigo repeli,
e concedei-nos vossa paz;
se pela graça nos guiais,
o mal deixamos para trás.
Ao Pai e ao Filho Salvador
por vós possamos conhecer.
Que procedeis do seu amor
fazei-nos sempre firmes crer.
Recordação da vida
(Recordar em especial os
acontecimentos da vida litúrgica da Igreja em geral e da comunidade local.
Recordar as motivações que teremos para celebrar no mês de agosto)
Cantar: recordações, lembranças da vida, sofrida e querida na festa e na dor,
recebe nas mãos a recordação dos filhos e filhas amados, Senhor.
Mantra/Aclamação
“Tua Palavra é lâmpada para os
meus pés, Senhor. Lâmpada para os meus pés, Senhor e Luz para o meu caminho.”
Leitura do Texto bíblico: Lucas
4, 14-21.
14 Jesus voltou para a Galiléia, com a força do Espírito, e sua fama
espalhou-se por toda a redondeza. 15 Ele ensinava nas sinagogas, e todos o
elogiavam. 16 Jesus foi à cidade de Nazaré, onde se havia criado. Conforme seu
costume, no sábado entrou na sinagoga, e levantou-se para fazer a leitura. 17
Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus encontrou a
passagem onde está escrito: 18 «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele
me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me
para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para
libertar os oprimidos, 19 e para proclamar um ano de graça do Senhor.» 20 Em seguida Jesus fechou
o livro, o entregou na mão do ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na
sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21 Então Jesus começou a dizer-lhes: «Hoje
se cumpriu essa passagem da Escritura, que vocês acabam de ouvir.»
Preces:
Fazer um momento de preces
espontâneas, depois de cada um pode-se cantar:
“A igreja vos pede oh Pai, Senhor nossa prece escutai.”
Encerra-se o momento das preces
rezando o Pai Nosso
Vivência:
(Prepara-se uma vasilha com óleo,
um tecido vermelho que possa ser usado como véu umeral, e um pouco de perfume
em outro recipiente)
A) Quem vai
conduzir o recorte do rito, explica que vai ser vivenciado o momento da benção e
consagração do óleo do crisma. Lêem-se os textos das orações de benção e
combina-se os gestos que serão feitos da mistura do perfume, o sopro sobre o
óleo e a imposição das mãos.
B) Canta-se um
trecho da música da benção dos óleos enquanto entram duas pessoas, uma com o
véu umeral e a vasilha contendo o óleo e outra com o perfume. Canta-se o
refrão, a primeira estrofe e novamente o refrão. Neste momento interrompe-se e
quem leva canta (eis o óleo do crisma. Todos: demos graças a Deus). Continua-se
com a segunda estrofe e o refrão.
C) Segue-se o
recorte do rito
Acolhei, ó Redentor, nossos hinos de
louvor!
1. O óleo a ser
consagrado, desceu do trono fecundo, por nós vai ser ofertado, a quem salvou
este mundo.
Acolhei, ó Redentor, nossos hinos de
louvor!
Solo: Eis o óleo do Crisma!
Todos: Demos graças a Deus.
2. Quem na
fraqueza se abisma, seja em vigor restaurado; graças à unção desse Crisma, que
o faz de Cristo soldado.
R. Acolhei, ó Redentor, nossos hinos de
louvor!
Oração de benção:
Quem preside toma o perfume e
mistura um pouco com o óleo e diz:
Senhor nosso Deus, fortaleza e
proteção do vosso povo, que fizestes do óleo o sinal do vigor, dignai-Vos
abençoar ✠
este óleo; concedei a fortaleza aos que serão com ele ungidos, a fim de que,
recebendo a sabedoria e a força do alto, compreendam melhor o Evangelho de
vosso Filho, defrontem com grandeza de ânimo os trabalhos da vida cristã, e,
tornados dignos da adoção de filhos, se alegrem com a graça de renascer e viver
na vossa Igreja Santa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo. R. Amém.
(Em seguida, convida todos à oração:)
Oremos, irmãos caríssimos, a Deus
Pai todo-poderoso, para que abençoe e santifique este óleo; e os que forem
ungidos com ele em seu corpo, sejam também ungidos em sua alma e se tornem
dignos da redenção divina.
(Quem preside sopra sobre o óleo. Depois, de braços abertos, diz a
oração de consagração:)
Senhor nosso Deus, autor dos
sacramentos e fonte da vida, nós Vos damos graças pela vossa inefável piedade,
porque, já na Antiga Aliança, nos fizestes entrever o mistério do óleo
santificador, e depois, quando chegou a plenitude dos tempos, claramente o
manifestastes em vosso amado Filho.
Quando Jesus Cristo, nosso
Senhor, pelo seu mistério pascal salvou o gênero humano, encheu do Espírito
Santo a vossa Igreja e maravilhosamente a cumulou de dons celestes para
consumar no mundo, por meio dela, a obra da salvação.
Pelo sagrado mistério do crisma,
enriqueceis de graças os vossos filhos; renascidos pela água batismal, são
fortalecidos pela unção do Espírito, e, configurados com o vosso Cristo, nosso
Senhor, participam do seu múnus de profeta, sacerdote e rei.
(Todos são convidados a estender a mão direita para o óleo, até ao fim
da oração, sem dizerem nada.)
Por isso, nós Vos pedimos,
Senhor: esta mistura de óleo e perfume seja, por vossa graça, sacramento da
vossa ✠
bênção; derramai com abundância os dons do Espírito Santo sobre os nossos
irmãos, assinalados com esta unção; marcai com o esplendor da santidade os
lugares e objectos ungidos com os santos óleos e acima de tudo fazei crescer a
vossa Igreja pelo mistério deste óleo, até que ela atinja aquela plenitude em que Vós , no esplendor da
luz eterna, sereis tudo para todos, com Cristo, no Espírito Santo por todos os
séculos dos séculos. R. Amém.
D) Partilha
sobre a Vivência
Dar um tempo para que cada um se
manifeste sobre a experiência do recorte do rito de benção e consagração do
óleo do crisma.
2. Estudo de temas
Se o grupo for grande pode-se
dividir em quatro grupos, se for menor escolham, pelo menos, dois temas de
estudo. (veja os temas em anexo abaixo)
Cada grupo vai ler o texto e
responder às perguntas:
1. Quais as idéias mais
importantes do texto?
2. O que o texto tem há ver com
nossa realidade concreta?
3. O que podemos fazer para relacionar
as idéias dos textos com vivência da liturgia nas celebrações deste mês?
Faz-se uma apresentação de cada
grupo para os outros grupos. Escolhem-se as sugestões que possam ser assumidas
pela Pastoral Litúrgica como um todo.
3. Encaminhamentos práticos da Pastoral Litúrgica
Ver as questões a serem
encaminhadas sobre formação, reuniões e organização das equipes de celebração,
etc...
4. Oração Final
Envio
Cada pessoa vai fazer o gesto com
a outra. Pega a vasilha com o óleo e diz: “O
Senhor te escolheu, chamou, ungiu e consagrou!”. No momento em que diz
ungiu, faz-se uma unção com óleo perfumado na fronte da pessoa.
Enquanto isso canta-se
1 Ó Senhor, tu me ungiste na
fronte com o óleo que cura a ferida Pra
eu ir a qualquer horizonte, suavizando essas dores da vida
Mas pra dar tua paz noite e dia, e estar sempre a serviço do irmão, eu
preciso da tua energia, eu preciso, Jesus, deste pão.
2 Bem na fronte senhor Deus me
ungiste com o óleo da santa alegria e eu serei o consolo da triste e quem chora
farei que sorria
3 Bem na fronte me ungiste,
Senhor com o óleo capaz de ser luz Doravante, como ungido, onde eu for eu irei
irradiar a Jesus
4 Que eu entenda o sentido
profundo desta unção que me deram na igreja como Cristo eu irei pelo mundo pra
que Deus seja amado: assim seja!
Oração de benção
Terminado o a unção e o canto, quem
preside reza a oração de benção:
O Senhor te abençoe e te guarde. O Senhor faça brilhar sobre ti sua
face, e se compadeça de ti. O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz!
Despedida e abraço da Paz
Todos se cumprimentam trocando as
velas e dizendo algo parecido com:
“Que o Senhor te ilumine e te de
a Paz!”
Textos para o Estudo
(Do site cnbb.org.br)
1. O chamado
de Deus
DOM ALBERTO
TAVEIRA CORRÊA
ARCEBISPO DE
BELÉM DO PARÁ (PA)
A Igreja
presta um serviço às novas gerações quando lhes possibilita, através da vida
das Comunidades Cristãs, a resposta aos apelos de Deus, que continuamente
convoca a seu serviço e ao serviço dos irmãos. Viver dignamente é identificar o
chamado que Deus faz na vida de todos os homens e mulheres, edificando a existência
num diálogo continuo com o Senhor, superando o individualismo tão frequente na
busca de carreiras e posições na sociedade. No início de um novo ano, vale a
pena abrir as perspectivas de vida à nossa juventude, para que a generosidade
inscrita em seu coração pelo próprio Deus venha a desabrochar plenamente.
Deus tem a ver
conosco. Sua presença em nossa vida não pode ser entendida apenas como aquele
que dá o "chute inicial" numa partida esportiva e depois abandona os
que dela participam. Trata-se de um maravilhoso mistério o modo como Deus cuida
de nós, respeitando profundamente a liberdade com a qual fomos criados e
permanecendo, ao mesmo tempo, senhor da história do mundo e de nossa história
pessoal. Nossa existência nesta terra é um presente do Criador, uma tarefa a
ser desempenhada com dedicação, para ser entregue de coração alegre, quando
formos chamados para junto dele. Ali, teremos a alegria de prestar contas da
maravilhosa aventura da vida nesta terra, destinada a glorificar o próprio Deus
e fazer o bem ao próximo. Esta é, desde já, a nossa realização. Fomos feitos
como obra prima e destinados à felicidade nesta terra e na eternidade, já que
ninguém foi feito para a perdição!
Para realizar
seu plano de amor e conservar o dom da liberdade que nos foi prodigalizado,
Deus oferece sinais de seu chamado. O jovem Samuel (Cf. 1 Sm 3, 3-19) passou
pelo processo de discernimento que o conduziu a identificar a voz de Deus, no
meio de tantos outros apelos, por três, quatro ou milhares de vezes. Quando a
Escritura se refere à voz do Senhor que pronuncia o nome do jovem Samuel, não
significa necessariamente que serão extraordinárias as intervenções divinas na
vida das pessoas. Um sinal de Deus para Samuel foi a sabedoria do sacerdote Eli
que, mesmo enfraquecido pelo peso dos anos, indicou-lhe a resposta adequada
frente ao chamado de Deus. É o serviço do conselheiro amadurecido, tão
necessário às novas gerações. Outra fonte é a Palavra de Deus, lida, acolhida e
praticada, com a qual se estabelece um relacionamento fecundo com Deus. Esta
fortalecerá o clima de escuta da voz de Deus. Ela é um inigualável sinal do
Senhor para todos os tempos, inclusive o nosso, a fim que nossos adolescentes e
jovens não deixem cair por terra nenhum de seus apelos.
Só que Deus
não impõe, mas propõe! O Senhor não força quem quer que seja a segui-lo! É uma
pena que uma pessoa passe toda a sua existência sem desfrutar a beleza de
transformá-la num diálogo fecundo com quem a pensou como obra prima.
Efetivamente o Criador, assim "se arriscou", fazendo o homem e a
mulher à sua imagem e semelhança, inteligência e liberdade. A história da
humanidade mostra o quanto este drama pode ser terrível e ao mesmo tempo
maravilhoso. Em situação normal, chega para todos a hora das decisões. Muitos
dos que são hoje adultos sabem identificar, no escrínio de sua consciência, o
quando lhes custou e alegrou fazer as escolhas que definiram a família que
formaram, ou para outros, o sacerdócio, a vida religiosa, a opção de estudo e
profissão, o serviço à comunidade. É a linda aventura da liberdade. Só que as
famílias precisam reaprender, no processo educativo dos filhos, a incluir no
menu de tarefas a executar na vida a pergunta fundamental que remete ao diálogo
com Deus, o que acontecerá na medida em que se respirar em nossas casas um
ambiente de oração e de escuta.
Há ainda outro
serviço a ser oferecido pelas gerações mais maduras, a saber, a proposta aos
jovens de grandes ideais, para que seja superado o terra a terra do quotidiano
feito apenas de necessidades primárias, ainda que estas sejam hoje entendidas
como os sonhos de consumo que habitam os corações das pessoas. Falta maior
radicalidade, visão de futuro, senso do bem comum, enfim, idealismo e admiração
por figuras emblemáticas de todos os tempos e de nossos dias.
O jovem Samuel
da Bíblia, os discípulos de João Batista que vieram a seguir Jesus, André e
João, ou Simão, que veio a se chamar Pedro, quem sabe seu nome seja Filipe ou
Natanael, vieram a estar com o Senhor e com ele permaneceram. Sintam-se
reconhecidas e valorizadas aqui todas as pessoas de nomes e idades diferentes
que já experimentam permanecer com o Senhor durante minutos, horas ou dias,
para descobrir que o sentido da vida plena se encontra na comunhão com ele.
De propósito,
desejo ainda provocar as gerações adultas que podem ter se esquecido do
primeiro amor da descoberta de Jesus Cristo, ou gente que se habituou demais
com as coisas de Deus. Limpe-se a poeira ou a ferrugem do tempo, das manias e
dos pecados. Comecem uma nova etapa, nestes primeiros dias do ano, quem sabe
com uma boa e frutuosa confissão, com a qual se renovem na graça. Não se
esqueçam que a chama acesa por Deus em seus corações não é feita para ficar
guardada, mas passada adiante. Vejam os jovens nestas gerações mais maduras a
beleza dos grandes ideais, dignos da vida da graça que Deus plantou em nossos
corações.
Esta é a
proposta de uma visão da vida humana e cristã com chave vocacional, na qual a
Igreja deseja comprometer a todos. Nas Paróquias e Comunidades, é tempo de
oferecer às crianças, adolescentes e jovens as oportunidades de discernimento
do chamado de Deus. Se este não existisse, o Senhor teria abandonado seu povo,
o que não é verdade. Deus chama sempre, mesmo quando nos parece que sejam raros
os seus apelos (Cf. 1 Sm 3, 1). Não falta a voz do Senhor, ainda que possam
faltar ouvidos e corações abertos. Como o otimismo da fé nos conduz, cada
pessoa adulta, cristão ou cristã que tenha feito uma sincera e consistente
experiência do amor de Deus, descubra-se convocado a chamar, em nome do Senhor
e da Igreja, as novas gerações para o serviço do anúncio do Evangelho, nas
várias vocações e estados de vida.
Enfim, as
Comunidades paroquiais se transformem em casas com portas abertas, para dizerem
a todos, com sua organização, liturgia e vivência do Evangelho, "Vinde
ver" (Cf. Jo 1, 39) a todos os que indagarem pela morada do Senhor! E
rezemos: "Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, faze ressoar em nossos
ouvidos teu forte e suave convite: 'Vem e segue-me'. Derrama sobre nós o teu
Espírito. Que ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para
seguir tua voz. Senhor, que a Messe não se perca por falta de Operários.
Desperta nossas comunidades para a Missão. Ensina nossa vida a ser serviço.
Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino na vida consagrada e religiosa.
Senhor, que o Rebanho não pereça por falta de Pastores. Sustenta a fidelidade
de nossos bispos, padres e ministros. Dá perseverança a nossos seminaristas.
Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja. Senhor
da Messe e Pastor do Rebanho, chama-nos para o serviço de teu povo. Maria, Mãe
da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder Sim.
Amém" (Cf. Oração do Ano Vocacional).
2. Agosto, Mês
Vocacional
Dom Urbano Allgayer
Bispo emérito
de Passo Fundo (RS)
Na liturgia,
agosto é o mês vocacional. Convém abordar três vocações específicas da vida da
Igreja, em que celebramos as festas do Santo Cura d’Ars, de Santa Ana e São
Joaquim, pais da Santa Virgem Maria, da Transfiguração do Senhor, da Assunção
de Nossa Senhora ao céu.
A vocação
matrimonial é básica. O matrimônio santifica o casamento entre homem e mulher,
co-criadores, com Deus, da espécie humana. É o sacramento constitutivo da
família, célula-mãe da sociedade, igreja doméstica, centro de comunhão e
participação entre o povo de Deus. Institui-se no Brasil a Semana da Família,
celebrada entre o 2º e o 3º domingo de agosto. Vida, dignidade e esperança
devem caracterizar esta Semana, na qual oramos para que, em todos os lares,
pais, filhos, avós, se amem, se respeitem, crescendo na fé e na vida em
comunidade.
A vocação
religiosa constitui um estado de vida em que mulheres e homens se consagram a
Deus e à Igreja pelos votos de pobreza, obediência e castidade. A vida religiosa
manifesta na Igreja o maravilhoso matrimônio estabelecido por Deus, sinal do
mundo vindouro (Cânon 607).
O testemunho
público de Cristo e da Igreja, a ser dado pelos religiosos, implica em presença
especial no mundo, que é próprio da índole e finalidade de cada instituto. Os
Institutos Religiosos ou Seculares devem ser fortalecidos, como forças de
vanguarda na evangelização da Igreja.
A vocação
sacerdotal é vivida por diáconos, presbíteros e bispos, membros do clero da
Igreja. É importante rezar e trabalhar pelas vocações sacerdotais. Sem o clero
a Igreja não funcionaria, deixaria até de existir, o que é impensável, pois
Cristo deu à Igreja a sua palavra, a garantia de perpetuidade. “A minha palavra
jamais passará”. A Igreja necessita de boas e numerosas vocações sacerdotais e
religiosas, que têm sua origem em Deus e em vocações matrimoniais imbuídas de
espírito profundamente cristão. Agosto é também o mês das vocações para os
ministérios e serviços da comunidade, como catequistas e ministros (as) da comunhão
eucarística, etc.
3.
Vocacionados para a liberdade!
Dom Roberto
Francisco Ferreria Paz
Bispo de
Campos (RJ)
O mês de
agosto é destinado no Brasil para um reavivamento vocacional e uma
sensibilização das diversas vocações que edificam a comunidade eclesial. É
necessário descobrir a luz do lema da CF. 2014, que toda vocação cristã
constitui um chamado para a liberdade e para tornar-se no mundo um sinal vivo
da libertação integral do Reino que Jesus veio instaurar entre nós. Por isso a
vocação leva sempre a plenitude o ser humano, colocando-o na trilha das
bem-aventuranças, o caminho da verdadeira felicidade.
Num mundo
guiado pelo pensamento único, que abriu mão das grandes causa sou das
narrativas maiores, ser vocacionado é revelar o sentido da vida, tornar-se
portador da pérola de infinito valor da graça divina.Ser vocacionado é romper
com as amarras e fronteiras que limitam e não raro desviam a pessoa humana da
trascendência e da comunhão com o Deus vivo.
Acertar na
vocação é de veras a questão crucial e essencial da nossa vida, pois ilumina o
projeto da existência dando um dimensionamento de eternidade a escolha
realizada como um dom de Deus. Tudo isto reclama uma animação vocacional
dinâmica e interpeladora e uma cultura vocacional onde o vocacionado possa
fazer experiência do Deus de Jesus Cristo e aprender a segui-lo com todas as
exigências e alegrias da amizade e intimidade com o Salvador. Todavia a vocação
deve ser testada e passar pelo crivo da Igreja e pela inserção na realidade
pastoral das multidões de irmãos pobres e desamparados que olham buscando
compaixão e misericórdia pela parte dos cristãos. Vocação que faz gerar sempre
a cultura do encontro e da solidariedade, renunciando ao egoísmo ou a emoções
religiosas facilitadoras do que o Papa Francisco chama de "mundanismo
espiritual".
Que nossas
comunidades eclesiais possam renovar-se na vivência e comprometimento de serem
e levarem a vocação sempre num patamar de doação, entrega e autenticidade
seguindo a Cristo, o Bom Pastor que nos convoca para a liberdade plena. Deus
seja louvado!