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Reunião Mensal da Pastoral Litúrgica Setembro/outubro

Reunião Mensal da Pastoral Litúrgica Setembro/outubro

Canto inicial para a entrada da Palavra e acolhida:
É bonita de mais, é bonita de mais a mão de quem conduz a bandeira da paz. (bis)
1 É a paz verdadeira, que vem da justiça, irmão. É a paz da esperança, que nasce de dentro do coração. (bis)
2 É a paz da verdade, da pura irmandade do amor, paz da comunidade, que busca igualdade, ô, ô. (bis)
3 Paz que é graça e presente, na vida da gente de fé, paz do onipotente, Deus na nossa frente, Javé. (bis)
Entrada da Palavra e acolhida:
Alguém, com uma veste própria de leitor, entra com a Palavra seguido de pessoas com Bandeiras onde se lê “PAZ”. Quem está com a bandeira entrega para uma pessoa dizendo: “Que Deus te abençoe e te dê Paz. Seja bem vinda.” E convida a pessoa a repetir o gesto com outra.
Quando todos já foram acolhidos e as bandeiras chegaram perto da Palavra faz-se a Leitura:

Evangelho Mateus 10, 1; 7-9; 19-20:
Então Jesus chamou seus discípulos e deu-lhes poder para expulsar os espíritos maus, e para curar qualquer tipo de doença e enfermidade.  Vão e anunciem: ‘O Reino do Céu está próximo’.  Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça, dêem também de graça!  Não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês o que vocês devem dizer.  Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês.

Leitura Orante simplificada

O que Deus nos diz?
Após a leitura convidar a permanecer em silêncio e agora assentados.
Após o momento de silêncio convidar quem quiser a levantar-se pegar a bandeira e dizer o que Deus nos diz pelo texto.

O que dizemos a Deus?
Depois de algumas participações, quem coordena pede que aqueles que quiserem façam preces a Deus em nome do grupo. Depois de cada prece pode-se cantar: “A igreja vos pede oh Pai, Senhor nossa prece escutai”.
Encerram-se as preces com o Pai Nosso.

O que vamos viver/fazer?
Quem coordena convida aqueles que queriam a pegar a bandeira da paz e dizer uma frase que vai guardar do texto lido ou um propósito que vai fazer ou que sugere para que o grupo faça a partir do que foi lido.




Vivência
1. Memória: pedir que cada um busque lembrar de situações em que pôde fazer alguma coisa em nome de outra pessoa. Pedir que se comente sobre a importância e responsabilidade que tem alguém que pode ajudar outras pessoas neste sentido.

2. Ler juntos os ritos finais que seguem:
Presidente: Deus, que pela ressurreição do seu Filho único, vos deu a graça da redenção e vos adotou como filhos e filhas, vos conceda a alegria de sua benção.
T: Amém!

Presidente: Aquele que, por sua morte, vos deu a eterna liberdade, vos conceda, por sua graça, a herança eterna.
T: Amém!

Presidente: E, vivendo agora retamente, possais no céu unir-vos a Deus, para o qual, pela fé, já ressuscitastes no batismo.
T: Amém!

Presidente: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho † e Espírito Santo.
T: Amém!

Presidente: levai a todos a Alegria do Evangelho. Ide em paz, e o Senhor vos acompanhe.
T: Graças a Deus.


3. Lembrar do sentido teológico profundo de ser enviado após receber a Palavra e a Eucaristia. Ao sair da celebração litúrgica somos convidados a voltar para o mundo com o desejo de ser fermento, sal  e luz. O próprio Jesus pediu ao Pai, que não fossemos retirados do mundo mas que no mundo pudéssemos ser testemunho fiel de tudo o que aprendemos e vivemos com Ele. Lembrar que ao sair da Celebração somos enviados para viver aquilo que experimentamos e para levar a outras pessoas a alegria que sentimos no seguimento de Jesus para que também elas possam desejar encontrar-se com o mestre.

4. Viver o rito:
Presidente: Deus, que pela ressurreição do seu Filho único, vos deu a graça da redenção e vos adotou como filhos e filhas, vos conceda a alegria de sua benção.
T: Amém!

Presidente: Aquele que, por sua morte, vos deu a eterna liberdade, vos conceda, por sua graça, a herança eterna.
T: Amém!

Presidente: E, vivendo agora retamente, possais no céu unir-vos a Deus, para o qual, pela fé, já ressuscitastes no batismo.
T: Amém!

Presidente: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho † e Espírito Santo.
T: Amém!

Presidente: levai a todos a Alegria do Evangelho. Ide em paz, e o Senhor vos acompanhe.
T: Graças a Deus.

5. Reflexão:
a) como vivenciar melhor este rito?
b) como ajudar a ter consciência do que ele significa?
c) como relacioná-lo ao propósito de uma vida missionária?



Trabalho de grupo
Quem coordena lembra ao grupo que outubro é dedicado às missões e sugere que se pense a partir dos textos como vivenciar liturgicamente este mês. Após o trabalho de grupo faz-se um pequeno plenário.

Os textos dos grupos estão no final da postagem

Perguntas para todos os grupos 
Quais as idéias mais importantes do texto?
O que tem relação mais direta com a vida da nossa comunidade/paróquia?
Como vivenciar o mês missionário na liturgia?



Avisos, notícias


Oração final
Em círculo uma pessoa começa colocando a mão sobre a cabeça de quem está do lado direito e dizendo: “Deus te abençoe, leve a alegria de servi-lo a todos com quem se encontrar.” Depois passa para a pessoa seguinte. Quando quem começou estiver falando com a terceira pessoa, a primeira faz o mesmo com a segunda, e assim todos vão abençoar e enviar a todos.

Oração do Mês Missionário 2015 
Pai de infinita bondade,
que enviaste Jesus Cristo para servir,
ilumina, com o teu Espírito, a Igreja discípula missionária
para testemunhar o Evangelho a partir das periferias e, com a proteção de Maria servidora,
manifestar o teu Reino em todo o mundo. Amém.


Ao final canta-se
Senhor, toma minha vida nova antes que a espera desgaste anos em mim. Estou disposto ao que queiras, não importa o que seja,Tu chamas-me a servir.
Leva-me aonde as pessoas necessitem da palavra, necessitem sentido de viver, onde falte a esperança, onde tudo esteja triste simplesmente, por não saber de ti.
Te dou meu coração sincero, para gritar sem medo, formoso é o teu amor. Senhor, tenho alma missionária, conduze-me à terra que tenha sede de Ti.


Textos para os grupos
Grupo 1
Missão é servir
Jaime Carlos Patias

O mês de outubro, para a Igreja, é o período no qual são intensificadas as iniciativas de animação e cooperação em prol das Missões em todo o mundo. Os objetivos são sensibilizar, despertar vocações missionárias, bem como realizar a Coleta no Dia Mundial das Missões, penúltimo domingo de outubro (este ano dias 17 e 18).
Missão é servir. Este é o tema da Campanha Missionária de 2015. Com isso, destacamos a essência da mensagem de Jesus. Ele veio “para servir” (cf. Mc 10,45). Diante da tentação do poder, Jesus dá uma grande lição: “Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de todos” (Mc 10,44). Essa sabedoria é o lema da Campanha e nos lembra que, diante da tentação do poder e do prestígio, a Missão do cristão é serviço, entrega e doação. Com a Campanha Missionária, somos convidados a alargar os horizontes do nosso serviço até os confins do mundo.

O Papa Francisco, em sua exortação Apostólica, A Alegria do Evangelho, retoma o Documento de Aparecida: "Na doação, a vida se fortalece; e se enfraquece no comodismo e no isolamento. De fato, os que mais desfrutam da vida são os que deixam a segurança da margem e se apaixonam pela missão de comunicar vida aos demais" (EG 10). O Papa insiste ainda em uma Igreja "em saída", com as portas abertas e despojada.
Somos todos chamados e marcados para viver a missão de “iluminar, abençoar, vivificar, levantar, curar e libertar” (EG 273).

O Mês Missionário tem sua origem no Dia Mundial das Missões (penúltimo domingo do mês de outubro, este ano, dia 18). A data foi instituída pelo papa Pio XI em 1926, como um Dia de oração e ofertas em favor da evangelização dos povos. A inspiração vem do mandado de Jesus para anunciar a Boa Nova entre todas as nações. Além das ofertas, a Campanha Missionária nos convida a rezar e a refletir sobre a nossa missão no mundo.

A missão é de Deus pela qual somos chamados a colaborar. Os batizados receberam “a missão de anunciar o Reino de Cristo e de Deus” e “de estabelecê-lo em todos os povos” (LG 5). Não podemos fugir dessa responsabilidade. Assim, “todas as Igrejas particulares, todas as Instituições e Associações eclesiais e cada cristão membro da Igreja têm o dever de colaborar para que a mensagem do Senhor se difunda e chegue até os últimos confins da terra” (CMi 1).
Ao cumprir o mandado de Jesus, nem todos os cristãos deixam a sua terra para servir nas missões além-fronteiras. Em nossas comunidades, na Igreja local, são apenas alguns os missionários e missionárias que partem. Porém, toda a comunidade tem o dever de participar ativamente na missão universal.
A cooperação missionária promove a participação do Povo de Deus na missão universal. A missão por sua natureza é sempre um serviço de partilha, comunhão e solidariedade. Essa participação se realiza de três formas: 1) pela oração, sacrifício e testemunho de vida, que acompanham os passos dos missionários e das missionárias, mundo afora; 2) por meio da ajuda material aos projetos missionários: “Deus ama quem dá com alegria” (2Cor 9,7); e principalmente, 3) colocando-se à disposição para servir na missão ad gentes. Sem missionários e missionárias não há missão.


Grupo 2
Estamos em pleno mês de outubro, “mês das missões” para a Igreja. Muitas iniciativas, por toda parte, recordam-nos que somos um povo missionário, chamado a viver “em estado permanente de missão”.

O cristão, discípulo de Jesus Cristo, não pode perder de vista o mandato missionário feito por Jesus na origem da Igreja: “Ide, pregai o Evangelho a toda criatura” (cf. Mc 16,15). Essa ordem de Cristo não cessou de valer, nem pode ser ignorada: somos um “povo em missão”. Temos uma boa notícia para anunciar a todos; muitos ainda não a conhecem e também têm o direito de se alegrar com a “Boa Nova da salvação”.

A vida do cristão é uma constante resposta a esse “ide”, de Jesus, que também prometeu: “Eu estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (cf. Mt 28,20). E o Papa encorajou os jovens: “Ide, sem medo!” Sim, apesar de a Mensagem ser bela e de grande esperança, ela é também desafiadora e chama à conversão.

Ela vai muitas vezes contra a lógica e as tendências dominantes do ambiente circunstante. Por isso, os discípulos missionários podem ser tentados de medo e de desânimo, sobretudo diante das cruzes, renúncias e martírios a que estão expostos. A superação do medo vem da certeza de que ele os acompanha e também já passou por isso: “O Reino de Deus sofre violência e só os corajosos o alcançam” (cf. Mt 11,12).

O medo pode tomar jeito de respeito humano, acomodação ou desânimo. A vida cristã sem brilho e ardor é como fogueira apagada, que não atrai nem comunica mais calor; pior que isso, tende a virar apenas cinza… A Igreja missionária precisa recobrar o ardor da fé e a chama da esperança; foi assim que os santos e os mártires tornaram- se os maiores missionários, que continuam a atrair para Jesus Cristo mesmo depois de terem deixado este mundo. O “medo” leva a desprezar e ocultar o dom recebido; foi isso que fez o “servo mau e preguiçoso” do Evangelho; ao responder ao seu senhor que lhe pedia contas da moeda emprestada, ele alegou: “Tive medo do senhor e escondi na terra o talento que me confiaste” (cf. Mt 25, 25-26).

Artigo publicado no Jornal O São Paulo, Ed. 2973 – 8 a 14 de outubro de 2013 -
Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo e Presidente do Regional Sul 1 da CNBB


Grupo 3
MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA FRANCISCO  PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES 2015
(Parte 1)


Queridos irmãos e irmãs,

Neste ano de 2015, o Dia Mundial das Missões tem como pano de fundo o Ano da Vida Consagrada, que serve de estímulo para a sua oração e reflexão. Na verdade, entre a vida consagrada e a missão subsiste uma forte ligação, porque, se todo o batizado é chamado a dar testemunho do Senhor Jesus, anunciando a fé que recebeu em dom, isto vale de modo particular para a pessoa consagrada. O seguimento de Jesus, que motivou a aparição da vida consagrada na Igreja, é reposta à chamada para se tomar a cruz e segui-Lo, imitar a sua dedicação ao Pai e os seus gestos de serviço e amor, perder a vida a fim de a reencontrar. E, dado que toda a vida de Cristo tem caráter missionário, os homens e mulheres que O seguem mais de perto assumem plenamente este mesmo caráter.
A dimensão missionária, que pertence à própria natureza da Igreja, é intrínseca também a cada forma de vida consagrada, e não pode ser transcurada sem deixar um vazio que desfigura o carisma. A missão não é proselitismo, nem mera estratégia; a missão faz parte da «gramática» da fé, é algo de imprescindível para quem se coloca à escuta da voz do Espírito, que sussurra «vem» e «vai». Quem segue Cristo não pode deixar de tornar-se missionário, e sabe que Jesus «caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele. Sente Jesus vivo com ele, no meio da tarefa missionária» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 266).

A missão é uma paixão por Jesus Cristo e, ao mesmo tempo, uma paixão pelas pessoas. Quando nos detemos em oração diante de Jesus crucificado, reconhecemos a grandeza do seu amor, que nos dignifica e sustenta e, simultaneamente, apercebemo-nos de que aquele amor, saído do seu coração trespassado, estende-se a todo o povo de Deus e à humanidade inteira; e, precisamente deste modo, sentimos também que Ele quer servir-Se de nós para chegar cada vez mais perto do seu povo amado (cf. Ibid., 268) e de todos aqueles que O procuram de coração sincero. Na ordem de Jesus – «Ide» –, estão contidos os cenários e os desafios sempre novos da missão evangelizadora da Igreja. Nesta, todos são chamados a anunciar o Evangelho pelo testemunho da vida; e, de forma especial aos consagrados, é pedido para ouvirem a voz do Espírito que os chama a partir para as grandes periferias da missão, entre os povos onde ainda não chegou o Evangelho.
Vaticano, 24 de Maio – Solenidade de Pentecostes – de 2015.

FRANCISCO


Grupo 4

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA FRANCISCO  PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES 2015
(Parte 2)


Queridos irmãos e irmãs,

Hoje, a missão enfrenta o desafio de respeitar a necessidade que todos os povos têm de recomeçar das próprias raízes e salvaguardar os valores das respectivas culturas. Trata-se de conhecer e respeitar outras tradições e sistemas filosóficos e reconhecer a cada povo e cultura o direito de fazer-se ajudar pela própria tradição na compreensão do mistério de Deus e no acolhimento do Evangelho de Jesus, que é luz para as culturas e força transformadora das mesmas.

Dentro desta dinâmica complexa, ponhamo-nos a questão: «Quem são os destinatários privilegiados do anúncio evangélico?» A resposta é clara; encontramo-la no próprio Evangelho: os pobres, os humildes e os doentes, aqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos, aqueles que não te podem retribuir (cf. Lc 14, 13-14). Uma evangelização dirigida preferencialmente a eles é sinal do Reino que Jesus veio trazer: «existe um vínculo indissolúvel entre a nossa fé e os pobres. Não os deixemos jamais sozinhos!» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 48). Isto deve ser claro especialmente para as pessoas que abraçam a vida consagrada missionária: com o voto de pobreza, escolhem seguir Cristo nesta sua preferência, não ideologicamente, mas identificando-se como Ele com os pobres, vivendo como eles na precariedade da vida diária e na renúncia ao exercício de qualquer poder para se tornar irmãos e irmãs dos últimos, levando-lhes o testemunho da alegria do Evangelho e a expressão da caridade de Deus.

Para viver o testemunho cristão e os sinais do amor do Pai entre os humildes e os pobres, os consagrados são chamados a promover, no serviço da missão, a presença dos fiéis leigos. Como já afirmava o Concílio Ecuménico Vaticano II, «os leigos colaboram na obra de evangelização da Igreja e participam da sua missão salvífica, ao mesmo tempo como testemunhas e como instrumentos vivos» (Ad gentes, 41). É necessário que os consagrados missionários se abram, cada vez mais corajosamente, àqueles que estão dispostos a cooperar com eles, mesmo durante um tempo limitado numa experiência ao vivo. São irmãos e irmãs que desejam partilhar a vocação missionária inscrita no Baptismo. As casas e as estruturas das missões são lugares naturais para o seu acolhimento e apoio humano, espiritual e apostólico.
Vaticano, 24 de Maio – Solenidade de Pentecostes – de 2015.
FRANCISCO