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Roteiro para Reunião Mensal Janeiro 2017 – Pastoral Litúrgica

Acolhida:
Acolher com alegria a quem chega e entregar uma fitinha de lembrança de Nossa Senhora Aparecida. Pedir que não amarrem as fitinhas por enquanto.

Ambiente:
Preparar um lugar para colocar a Palavra de Deus. E juntamente com a  Palavra de Deus colocar frases de motivação para o novo ano de 2017 e também figuras ou recortes que lembrem o Ano Mariano e os 300 anos da Imagem de Aparecida, e uma imagem de Nossa Senhora Aparecida.

1. Oração Inicial
Invocação ao Espírito Santo
Cantar:
Quando o espírito de Deus soprou
O mundo inteiro se iluminou
A esperança na terra brotou
E o povo novo deu-se as mãos e caminhou

Lutar e crer, vencer a dor, louvar ao criador!
Justiça e paz hão de reinar e viva o amor!

Quando Jesus a terra visitou, a boa nova da
Justiça anunciou: O cego viu, o surdo escutou
E os oprimidos das correntes libertou

Nosso poder esta na união, o,undo novo vem
De Deus e dos irmãos vamos lutando contra a
Divisão e preparando a festa da libertação!

Cidade e campo se transformaram, jovens
Unidos na esperança gritarão. A força nova
É o poder do amor,nossa fraqueza é força
Em Deus libertador!


Invocação da Santíssima Trindade (cantado ou rezado)
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.Amém.

Recordação da vida
(Recordar em especial os acontecimentos da vida litúrgica da Igreja em geral e da comunidade local. Recordar as motivações que teremos para celebrar no mês de agosto)

Cantar: recordações, lembranças da vida, sofrida e querida na festa e na dor, recebe nas mãos a recordação dos filhos e filhas amados, Senhor.

Mantra/Aclamação
“Preciso escutar a tua Palavra, depois proclamar o Teu reino Senhor. Eu quero viver o Teu evangelho, vou anunciar tua vinda Senhor. Aleluia podes falar. Aleluia vou escutar.


João 2, 1-11
1 No terceiro dia, houve uma festa de casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava aí. 2 Jesus também tinha sido convidado para essa festa de casamento, junto com seus discípulos.
3 Faltou vinho e a mãe de Jesus lhe disse: «Eles não têm mais vinho!» 4 Jesus respondeu: «Mulher, que existe entre nós? Minha hora ainda não chegou.» 5 A mãe de Jesus disse aos que estavam servindo: «Façam o que ele mandar.»
6 Havia aí seis potes de pedra de uns cem litros cada um, que serviam para os ritos de purificação dos judeus. 7 Jesus disse aos que serviam: «Encham de água esses potes.» Eles encheram os potes até a boca. 8 Depois Jesus disse: «Agora tirem e levem ao mestre-sala.» Então levaram ao mestre-sala.
9 Este provou a água transformada em vinho, sem saber de onde vinha. Os que serviam estavam sabendo, pois foram eles que tiraram a água. Então o mestre-sala chamou o noivo 10 e disse: «Todos servem primeiro o vinho bom e, quando os convidados estão bêbados, servem o pior. Você, porém, guardou o vinho bom até agora.»
11 Foi assim, em Caná da Galiléia, que Jesus começou seus sinais. Ele manifestou a sua glória, e seus discípulos acreditaram nele.

Preces:
Fazer um momento de preces espontâneas, depois de cada um pode-se cantar:
“Ouve Senhor as nossas preces mandai operários para vossa messe.”

Encerra-se o momento das preces rezando o Pai Nosso


2. Estudo de temas
Se o grupo for grande pode-se dividir em quatro grupos, se for menor escolham, pelo menos, dois temas de estudo. (veja os temas em anexo abaixo)
Cada grupo vai ler o texto e responder às perguntas:
1. Quais as idéias mais importantes do texto?
2. O que o texto tem há ver com nossa realidade concreta?
3. O que podemos fazer para relacionar as idéias dos textos com vivência da liturgia nas celebrações deste mês?

Faz-se uma apresentação de cada grupo para os outros grupos. Escolhem-se as sugestões que possam ser assumidas pela Pastoral Litúrgica como um todo.

3. Encaminhamentos práticos da Pastoral Litúrgica
Ver as questões a serem encaminhadas sobre formação, reuniões e organização das equipes de celebração, etc...



4. Oração Final
Pedir a cada um para entregar a fitinha de Lembrança de Nossa Senhora Aparecida para outra pessoa dizendo: Que nossa mãe Maria te acompanhe em especial neste ano a Ela dedicado.

Rezar Juntos:
Querida Mãe Nossa Senhora Aparecida, Vós que nos amais e nos guiais todos os dias, Vós que sois a mais bela das mães a quem amamos com toda a ternura de nosso coração. Vos pedimos que nos ensineis a fazer sempre o que vosso Filho Jesus nos disser. Sabemos que sua ajuda em nossa caminhada será sempre constante, por isso, recorremos a vós. Pois nunca se ouviu dizer que algum de vossos filhos não fossem ouvidos, oh virgem gloriosa e bendita. Amém.

Despedida e abraço da Paz

Motivar todos a saudarem-se com abraço da paz.

Canto Final
Quando faltou vinho naquela festa, Maria, tu percebeste, em todos, havia aflição. / Olhaste para Teu Filho e pediste a Ele e Jesus atendeu, a graça aconteceu, / A água foi transformada em vinho pra todos...
Quando faltou a alegria em minha vida, tu percebeste o cansaço em meu coração. / Olhaste pra Teu Filho e pediste a ele e Jesus atendeu, veio e me socorreu. / Hoje eu canto alegre o mesmo canto seu:
" O Senhor fez em maravilhas( 3x), santo é o Senhor



Textos para o Estudo

1. Ano Mariano
O Ano Nacional Mariano foi proclamado pela CNBB, em comemoração aos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas Águas do Rio Paraíba do Sul. A iniciativa será celebrada a partir do dia 12 de outubro até o dia 11 de outubro de 2017.
Em carta enviada aos bispos de todo o Brasil, a presidência da CNBB considera a celebração dos 300 anos “uma grande ação de graças” e recorda que todas as dioceses do país se preparam, desde 2014, recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora, que percorre cidades e periferias.  Confira, abaixo, a mensagem na íntegra:
Mensagem à Igreja Católica no Brasil
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em comemoração aos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas águas do rio Paraíba do Sul, instituiu o Ano Nacional Mariano, a iniciar-se aos 12 de outubro de 2016, concluindo-se aos 11 de outubro de 2017, para celebrar, fazer memória e agradecer.
Como no episódio da pesca milagrosa narrada pelos Evangelhos, também os nossos pescadores passaram pela experiência do insucesso. Mas, também eles, perseverando em seu trabalho, receberam um dom muito maior do que poderiam esperar: “Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe”. Tendo acolhido o sinal que Deus lhes tinha dado, os pescadores tornam-se missionários, partilhando com os vizinhos a graça recebida. Trata-se de uma lição sobre a missão da Igreja no mundo: “O resultado do trabalho pastoral não se assenta na riqueza dos recursos, mas na criatividade do amor” (Papa Francisco).
A celebração dos 300 anos é uma grande ação de graças. Todas as dioceses do Brasil, desde 2014, se preparam, recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, que percorre cidades e periferias, lembrando aos pobres e abandonados que eles são os prediletos do coração misericordioso de Deus.
O Ano Mariano vai, certamente, fazer crescer ainda mais o fervor desta devoção e da alegria em fazer tudo o que Ele disser (cf. Jo 2,5).
Todas as famílias e comunidades são convidadas a participar intensamente desse Ano Mariano.
A companhia e a proteção maternal de Nossa Senhora Aparecida nos ajude a progredir como discípulas e discípulos, missionárias e missionários de Cristo!
Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília-DF
Presidente da CNBB

2. Tempo Comum
O Tempo Comum ocupa a maior parte do ano litúrgico. O fato de ser denominado “Tempo Comum” não significa que seja menos importante. Antes mesmo de se organizarem as festas anuais (Natal e Páscoa), com seus tempos de preparação e prolongamento, o Tempo Comum foi a primeira realidade na vivência do Mistério Pascal. 
Na experiência das primeiras comunidades existia apenas a sucessão de domingos e semanas, ao longo do ano, tendo o domingo como dia maior, que congregava os irmãos e irmãs em torno da Palavra e da Ceia. Quando, mais tarde, foram organizados o ciclo da Páscoa e o do Natal, foi para celebrar com mais intensidade, num tempo determinado, o que já fazia parte do cotidiano das comunidades.
O Tempo Comum nos reconcilia com o normal e nos ajuda a descobrir o dia-a-dia como tempo de salvação, segundo a promessa do ressuscitado: ”Estarei com vocês todos os dias”. O Senhor se revela a nós nos acontecimentos do dia-a-dia, em nossas vivências e cansaços, na convivência, no trabalho... No interior de cada dia, damos prova de nossa fidelidade. É o esforço de buscar, no cotidiano da vida, o mistério do Senhor acontecendo entre experiências de morte e ressurreição.
No Tempo Comum, celebramos. Portanto, o mistério de Cristo em sua totalidade (Encarnação, vida, morte, ressurreição e ascensão) e não um ou outro aspecto do mistério. É o que o distingue dos demais tempos. A tônica recai sobre o evangelho de cada domingo. Aí temos a espiritualidade a ser vivida durante a semana. A vida cotidiana é lida à luz do mistério do Senhor. Nesse longo período do ano litúrgico, devemos prestar especial atenção ao lecionário, tanto dominical como semanal.
É a tarefa cotidiana de trazer a Páscoa para nossa vida. A partir da vida do Senhor, aprendemos dele o que significa e implica ser discípulo. Em companhia dos discípulos que deixaram tudo para seguir o Mestre, junto com todo o povo de Deus, esse povo que coloca em Jesus suas esperanças, acompanhamos o Mestre na sua caminhada missionária. Em cada um dos acontecimentos que ocorrem no caminho, Deus vai revelando o mistério de Jesus e nós vamos sendo convidados a aderir mais profundamente e com mais amor, a sua pessoa e a sua causa.
Nos acontecimentos cotidianos da vida e da caminhada de Jesus, vamos percebendo o mistério maior que está presente também em nossa vida, tanto nos acontecimentos extraordinários como também naqueles que nos parecem banais e rotineiros. Em todos eles, é Deus que está presente, é Deus que nos chama, nos fala, nos toca, nos convida ao seguimento de Jesus, nos envia como testemunhas das realidades em que vivemos Cada domingo é, assim. Uma visita de Deus para nos renovar, para libertar o seu povo, para nos unir mais a Ele e entre nós.      
Como sempre, Ele tudo pode, mas preferiu contar com a nossa participação.



3. Uso da palavra “consagração”
A consagração se faz a Deus. E a consagração a Nossa Senhora? Em si não se consagra a Nossa Senhora. Talvez alguém estranhe esta afirmação. Então, vamos por partes.
Consagração vem do latim consecrare, consecratio, e significa ação de consagrar aos deuses; dedicar aos deuses, tornar sagrado. Temos ainda o verbo sacrare que significa consagrar, votar a uma divindade, dedicar, tornar sagrado, celebrar.
Em português a palavra consagração foi adquirindo um sentido mais amplo: honra ou aplauso manifestado pela opinião pública, exaltação, glorificação. A palavra é usada também para indicar a parte da missa em que o pão e o vinho são transubstanciados no corpo e sangue de Cristo; cerimônia em que se sagra um bispo; cerimônia praticada na profissão monástica; oferecer por culto ou voto: consagrar o recém-nascido a Nossa Senhora. Pode significar também oferecer afetuosamente; dedicar.
A partir de uma teologia litúrgica nos últimos decênios, usa-se na Liturgia a palavra consagração no sentido mais estrito. Abandonou-se o termo consagração e sagração episcopal. O Ritual das Ordenações fala em “ordenação episcopal”, e não, “sagração” episcopal. Não se diz mais “sagrante principal”, mas “ordenante principal”. A oração principal é chamada “prece de ordenação”. O mesmo se diga em relação às igrejas e altares. Abandonou-se o termo “consagração” de uma igreja ou de um altar. Usa-se o termo “dedicação” de igreja, “dedicação” de altar.
Esta mudança no uso do termo consagrar reservado para a dedicação ou oferta a Deus, também foi adotada no Ritual do Batismo. Não se usa mais o termo “consagração” a Nossa Senhora ou madrinha de “consagração”. O próprio batismo constitui a verdadeira consagração a Deus. Sugere-se a palavra “entrega” a Nossa Senhora ou colocar sob a proteção de Nossa Senhora. O Ritual do Batismo diz: “Onde for costume, no final da celebração, pode realizar-se um ato de devoção a Maria, confiando à sua proteção a vida e a fé das crianças”. Quem confia a criança à proteção de Maria são os pais. Não se prevê “madrinha de consagração”. Mas seria bom abandonar o termo “consagração”, reservando-o para Deus.
A própria Santa Sé tem-se manifestado a respeito do uso do termo consagração. No Diretório sobre a Piedade Popular e Liturgia, tratando da “Veneração da Santa Mãe do Senhor”, no item “A consagração/abandono a Maria” se diz: “À luz do testamento de Cristo (cf. Jo 19,25-27), o ato de “consagração” é, de fato, reconhecimento consciente do lugar especial que Maria de Nazaré ocupa no mistério de Cristo e da Igreja, do valor exemplar e universal do seu testemunho evangélico, da confiança em sua intercessão e na eficácia de sua proteção, da múltipla função materna que ela exerce, como verdadeira mãe na ordem da graça, em favor de todos e de cada um de seus filhos. Entretanto, nota-se que o termo “consagração” é usado com certa amplidão e impropriedade. Por exemplo, diz-se ‘consagrar as crianças a Nossa Senhora’, quando na realidade se entende apenas colocar os pequenos sob a proteção da Virgem e pedir para eles a sua materna bênção. Compreende-se também a sugestão de utilizar, no lugar de “consagração”, outros termos, tais como “entrega”, “doação”.
De fato, em nosso tempo, os progressos realizados pela teologia litúrgica e a consequente exigência de um uso rigoroso dos termos, sugerem que se reserve o termo consagração à oferta de si mesmo que tem como meta Deus, como características, a totalidade e a perpetuidade, como garantia, a intervenção da Igreja, como fundamentos, os sacramentos do batismo e da confirmação” (n. 204). Fazemos votos que esta terminologia também mude no Santuário Nacional de Aparecida em que os devotos são solenemente confiados ou entregues a Maria, padroeira e rainha do povo brasileiro.